A bronquite consiste na tosse persistente por várias semanas que não apresente nenhuma causa específica aparente. Suspeita-se de uma inflamação das vias áreas, causada por agentes infecciosos ou por agentes alérgenos. Geralmente ocorrem alterações nos tecidos que revestem o trato respiratório, levando a edema (inchaço) e espessamento do local com aumento da produção de muco denso.
O sinal clínico mais marcante que verificamos é a tosse seca, comumente associada ao engasgo após a tosse que simula um quadro semelhante ao vômito. Podemos verificar também a intolerância aos exercícios, cianose (alterações na cor de mucosas e língua que passam do rosa tradicional ao azulado) e síncope (desmaio).
Alguns fatores de risco são relacionados à bronquite crônica:
Exposição prolongada aos agentes irritantes: por exemplo, pó de cimento, produtos químicos de limpeza e fumaça de cigarro;
Obesidade;
Odontopatias: doenças dentais predispõem ao aporte bacteriano para as vias respiratórias;
O diagnóstico é realizado pelo exame clínico do paciente, coleta de exames de sangue e radiografias de tórax. Dependendo da avaliação do veterinário, talvez sejam necessários outros exames para exclusão de cardiopatias. O tratamento deve ser realizado com utilização de antitussígenos, se necessário antibióticos e antiinflamatórios. É importante o monitoramento do peso do paciente e evolução do tratamento. Muitas vezes processos crônicos têm tratamento demorado com resultados lentos.
Na rotina clínica, verificamos um número grande de bulldogs com processos respiratórios crônicos. Muitos apresentam piora significativa no período de inverno, ainda mais quando associados à gripe canina (traqueobronquite infecciosa canina).
Assim fica a dica de vacinação contra a gripe e observação do cão, diante de qualquer sinal anormal procure seu veterinário.
Dra. Viviane Dubal – CRMV/RS 8844
Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e proprietária da Clinica Veterinária Saúde Animal em Porto Alegre. Contato: vivianesd@bol.com.br
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