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Com a palavra, o Criador Kleber Felizola (Du Pierrot)


1 – PORQUE O BULLDOG E COMO TUDO COMEÇOU?

Crio cães há 21 anos e estou na raça há 6. Minha esposa sempre falava que gostaria de ter um bulldog e eu mudava de assunto pois, criava rottweiler e beagle. Um dia, na clínica, recebi um filhote com 2 dias de nascido para eutanásia. Esse filhote vinha de um canil renomado mas, apresentava um desvio lateral nas patinhas trazeiras. O recado do criador era para dar sumiço no filhote. Foi aí que pedi ao funcionário para ficar com ele e assim aconteceu. Criei a bebezinha na mamadeira e ela se tornou minha companheira. Passados alguns anos, recebi uma proposta para junto com 2 amigos comprar o canil Dalid`s, do Dr Ivan Correa, na época com 18 animais de linhagem MACM. A paixão pela raça a essa altura já estava enraizada nos nossos corações.

2 – QUAL A ROTINA DO CANIL?

Hoje, o canil possui 18 matrizes e 3 padreadores importados. Nosso objetivo é desenvolver uma linhagem Du Pierrot. Para tanto, estudamos nossos cruzamentos com critério, sempre baseado na linha de sangue que buscamos, temos uma rotina diária com manejo bastante rigoroso na higiene, alimentação super premium, vacinas e vermifugos. O trabalho físico de condicionamento é constante e, por segurança, procuramos manter nossos cães com um peso ideal para que não corram riscos com golpe de calor. Contudo, o que talvez seja mais interessante é o fato de que nossas matrizes criam seus filhotes que, a partir do 3o dia, ficam direto com as mães.

3 – QUAIS AS RECOMENDAÇÕES PARA QUEM ESTÁ PENSANDO EM ADQUIRIR UM BULLDOG?

 A 1ª pergunta que faço é se toda a família está disposta a ter um cão em casa. Principalmente a mulher, qdo recebo um casal, pois é ela que na maioria das vezes que dá a última palavra. Daí prá fente, recomendo que procurem sempre um canil registrado no Kennel de sua cidade, pegue informações com criadores mais experientes e que o preço do filhote nunca deve ser o fator de decisão na hora da compra. O barato pode acabar saindo mais caro.

4 – QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DICAS PARA AQUELES QUE JÁ SÃO PROPRIETÁRIOS?

Que procurem manter o peso de seu bull numa condição que não venha a prejudicar sua saúde Cuidado com o calor e com piscinas. Procure exercitar seu cão de forma moderada, sempre respeitando os limites dele. Proucure socializar e educar seu bull para que ele possa se relacionar bem com todas as pessoas e tb com outros cães. Leve-o regularmente ao veterinário, mantendo vacinação e vermifugações em dia.


5 – E PARA AQUELES QUE PENSA EM COMEÇAR A CRIAR?

Para quem vai começar a CRIAR, além de todas a dicas básicas conhecidas, sugiro que antes, estude bem e defina a linha de sangue que vai buscar. Definido isso, siga nessa linha e evite a “salada mista” de pedigree`s. Esse, na minha opinião, é o maior erro de quem inicia uma criação.

6 – QUAL O PERFIL DO PROPRIETÁRIO IDEAL?

O proprietário ideal é aquele que ama seu cão, respeita seus limites e o cria como cachorro. A pior coisa que um proprietário pode fazer pelo seu cão, é criá-lo como se fosse gente.

7 – QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O PLANTEL NACIONAL?

Vejo a raça hoje no Brasil com um enorme potencial genético. Temos aqui diversas linhas de sangue consagradas, tanto americanas como európeias. Creio que ainda nos falta melhorar a qualidade de nossas matrizes e ainda, que os criadores procurem definir bem as linhas com as quais irão trabalhar. Vejo alguns cruzamentos sendo realizados sem um embazamento genético e apenas pelo fenótipo ou pelos títulos do padreador. Isso é na minha opinião, é um critério muito subjetivo e que faz com que tenhamos um caminho muito mais longo a percorrer.


8 – AINDA SOMOS UM PAÍS IMPORTADOR DE BULLDOGS? SIM / NÃO E PORQUÊ?

Com certeza ainda somos um país importador e creio que sempre o seremos. Na verdade não vejo  nisso um problema, desde que, a importação tenha como objetivo a criação. Porém, o que na maioria das vezes acontece, é a importação de cães com o intuito maior de se ganhar exposições e consequentemente, vender muitas coberturas para aqueles que buscam os campeões para padrearem suas femeas.

9 – QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE AS EXPOSIÇÕES NO BRASIL E A QUALIDADE DE NOSSOS ÁRBITROS?

Eu sou a favor de exposição especializada, com juízes criadores da raça. As exposições gerais no Brasil, na maioria da vezes, deixam muito a desejar. Nossa raça não é fácil de se julgar. Temos vistos alguns julgamentos sem critério e que ao final, quando paramos para analisar os vencedores de cada classe, são cães de tipos completamente diferentes uns dos outros. Ai pergunto: qual o critério que o árbitro utilizou?  Todo ano, aguardo com ansiedade, a nossa Nacional pois, via de regra, temos julgamentos imparciais e de pessoas realmente entendidas. Parabenizo os organizadores das Nacionais que a cada ano aumenta a participação e a qualidade do evento.

10 – QUAL A SUA MAIOR FELIDICADE COMO CRIADOR?

 Tive grandes felicidades com minha criação. Uma dela quando a DU PIERROT BELISE se tornou o segundo bull de criação nacional a se tornar Jovem Vencedora Nacional. Depois, O DU PIERROT KIEV foi escolhido o Melhor Jovem da Nacional em 2008, batendo vários cães, inclusive importados. Por fim, na Nacional de 2009, a DU PIERROT QUIMMY WHYSE, foi a Melhor femea Jovem sendo a mais nova da classe na ocasião. Isso nos enche de alegria nos faz crer que estamos no caminho correto.


11 – QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE AS ALTERAÇÕES NO PADRÃO DA RAÇA?

Serei sempre a favor de tudo que ocorra se for para melhorar realmente a saúde dos cães.

12 – O QUE NÃO PODE FALTAR NUM BULLDOG?

Num bull não pode faltar em primeiro lugar uma saúde perfeita. Depois, expressão, robustez, energia e alegria. Não posso deixar de lembrar da cauda, que hoje é um sério problema na raça.

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