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Gene da cor do pêlo e gene da cor dos olhos dos filhotes de Bulldog.

Observações que devem ser levadas em conta na hora de analisar uma ninhada de Bulldog.

Gene da Cor do Pêlo dos filhotes de Bulldog

A coloração dos filhotes de Bulldog nem sempre é uma coisa fácil para estabelecer porque a maioria dos vermelhos nasce quase na cor cinza, depois os pêlos acizentados do neo-nato vão se clareando logo dentro das primeiras semanas e mudando a tonalidade para o vermelho.

Os filhotes cor castanha podem ser, novamente, muito enganosos e nem sempre é possível distinguir entre essa cor e o vermelho, até que transcorram várias semanas após quando o filhote estiver bem mais crescido.

Já os filhotes de Bulldog gene cor tigrado (Brindle) nem sempre apresentam as raias negras na nascença, mas depois de um ou dois dias normalmente começarão a surgir os sinais indicadores de raias ao redor da área de cabeça e nas pernas.

Não tenha pressa para registrar filhotes de Bulldog se você não estiver seguro das cores que realmente eles têm, melhor é esperar mais uma ou duas semanas do que registrá-los incorretamente.

Descarte da criação e da aquisição os bulldogs de genes cor Negro, cor de fígado, cor cinza rato, cor cinza weimaraner (conza aço), e gene cor chocolate, porque são genes de cores totalmente fora do padrão. O padrão indica claramente que a cor negra é altamente indesejável para essa raça, e isso significa, apenas, que reproduzir cães com gene de cor banida apenas para atender interesses pessoais e/ou ganhar dinheiro fácil, é prestar um desserviço a raça bulldog. Desse modo fique alerta para não comprar “gato por lebre”.

O Gene da Cor dos Olhos

Gene da cor dos olhos é outro assunto que parece causar preocupação a alguns criadores que estão comprometidos com a criação séria. Os olhos dos filhotes de Bulldogs estarão naturalmente azuis acizentados quando forem abertos ao redor dos doze dias de idade e essa cor mudará em poucas semanas para um marrom escuro e, esperançosamente, ficará muito escuro, quase preto.

Cada ano uma porcentagem de filhotes de Bulldog nasce com olhos verdadeiramente azuis, que são uma coisa diferente e inteiramente indesejável.

Trata-se ds olhos azuis que em certos filhotes de Bulldog não demonstram nenhum sinal de escurecimento com o passar do tempo. Filhotes de Bulldog com olhos azuis surgem de vez em quando durante os anos e não são, certamente, um fenômeno novo.

É necessário que o proprietário tenha consciência que por estar com essa falta, o bulldog posteriormente será pesadamente penalizado nas exposições, uma vez que padrão racial determina que a raça, obrigatoriamente, deve apresentar olhos muito escuros – quase, se não totalmente, preto, deve-se ter em mente que trata-se de uma falta que, mesmo não comprometendo a funcionalidade, e mesmo com o benefício de não causar desconforto ao filhote, é considerada uma falta séria do ponto de vista estético.

Tendo dito isso, o que NÃO deve ser feito é criar cães ou cadelas que apresentem essas faltas, pois isso seria um grande desserviço para a raça uma vez que estaríamos fixando esses genes indesejáveis no pool genético da raça.

Mobilidade

Filhotes de bulldog podem, notoriamente apresentar vagarosidade quando começam a firmar as patas (levantar). Ideal que, antes das três semanas de idade eles estejam maior parte do dia em local onde o piso seja áspero que os ajude a ficar em pé sem maiores dificuldades.

É muito importante, para ter certeza que eles podem adquirir boa tração, que o chão da caixa de partos esteja coberto com um tipo de forro que não seja escorregadio. Essa providencia é deveras importante até mesmo se tratando de filhotes minúsculos. O forro de jornal, aparte de ser incômodo devido a química contida nas tintas usadas para impressão tipográficas também para a tração é muito liso e prejudicial quando se tem a expectativa que filhotes pesados estão aprendendo a caminhar. Um tipo de tecido de algodão cru, com os que utilizados para fazer redes de descanso, toalhas com rala felpa ou até mesmo mantas, é mais satisfatório. Todo esforço deveria ser feito e todo encorajamento deve ser dado para que os filhotes de Bulldog possam firmar as patas para se levantar e, sobretudo isso deveria ocorrer antes que eles ficassem muito pesados. Filhotes novos, antes de completar quatro semanas de idade, podem caminhar normalmente, até mesmo se só a curta distância. Se a sua ninhada estiver demorando a firmar as patas e não estiver apresentando nenhum sinal de que pode fazer isto, então você deve contatar um experiente criador para que ele analise a situação para poder contribuir com sugestões que ajudem a encontrar um melhor curso de ação.

Um outro ponto importante. Na hora comprar um filhote que seja muito importante a ponto de ser destinado para atuar como reprodutor (raçador) pergunte se os testículos desceram para a bolsa escrotal no período certo.

Até mesmo que o filhote esteja sendo vendido puramente para servir de mascote os testículos devem estar alojados na bolsa escrotal, se ainda não estiverem é aconselhável informar isto aos novos donos que devem ser esclarecidos sobre a questão e riscos. Esperançosamente, é possível que este problema se corrigirá dentro da semana seguinte ou de duas semanas posteriores, embora isto é algo que ninguém pode prever e nem garantir. Melhor seria, então, o interessado buscar outro filhote macho com os testículos já alojados na bolsa.

Cores fora do padrão da raça devem ser descartadas de programas de criação:

O gene do pêlo de cor negra – pesquise antes de adquirir:

1) Busque revistas antigas e atuais editadas pelo The Bulldog Club of América, The Bulldog Club Inc, The British Bulldog Club, The Bulldog Club do Brasil para verificar que na gama de fotos de bulldogs ali publicadas comprovadamente inexiste imagens de bulldogs na cor negra.

2) Verificar-se-á nesses magazines publicados pelos bulldog clubes que canis que ali anunciam ou são entrevistados dedicam-se a praticar uma criação séria, ética e responsável. As fotos demonstram uma filosofia de criação de respeito e compromisso com o standard da raça bulldog. Trata-se de canis engajados na tarefa de bem criar realizando o aprimoramento da raça bulldog. Cores da capa do bulldog são resultantes de seleção, trata-se de opção do criador (planejador da procriação) não acontecem por acaso. Por isso os criadores responsáveis propositalmente e através da seleção evitam que sejam fixados os genes indesejáveis da cor indesejável no pool genético da raça nos exemplares do seus plantéis.

Bulldogs Mestiços com genes indesejáveis ocultos no genótipo do híbrido:

Os bulldogs com cores “fora do padrão” e/ou de cor “altamente indesejável”, podem ter origem dúvidosa.

Uma mestiçagem de bulldog de cor vemelha com um bulldog francês de cor negra, por exemplo, pode gerar híbridos com fenótipo similar ao bulldog, enquanto outro filhote apresentará o fenótipo similar ao bulldog francês, sejam portadores de cores distintas, umas aceitas pelo padrão do bulldog, outros de cor negra que é aceita somente no padrão do francês, já que a cor negra e a pelagem negra e branca (half-and-half) são admitidas na paleta de cores do standard da raça bulldog francês.

A mistura permite gerar filhotes com fenótipo de bulldog mas com a cor negra presente no bulldog francês (um dos pais) porque esse genes da cor consta no genótipo de um dos pais passando a ser transmido às gerações psoteriores mesmo que futuramente sejam nascidas de pais com a cor padrão. Desse modo alguém que adquire um filhote na cor padrão (sem saber que trata-se de híbrido), após esperar a maturação e a época exata para reproduzí-lo, faz uma correta opção na seleção quando elege outro bulldog com cor padrão para agregar como composição para o par complementar nessa empreitada de reprodução, mas se decorridos 2 meses de gestação constatar que houve nascimento de filhotes na cor padrão, mas também de um ou mais filhotes com a indesejável cor negra, isso apenas significa a ação da lei do hibridismo, pois, aquele genótipo está contaminado pelo gene da cor negra nele irresponsavelmente afixado. A suspeita de hibridismo é correta e evidente.

Ocasionalmente ouvimos dizer que um casal de fulvos ou de vermelhos teve filhotes tigrados. Isto é possível se um indivíduo for de “genótipo e/e” (o portador de tigrado) e o outro indivíduo pelo menos tiver no genótipo um “E” ou alelo de “Em”. Nos cães da raças: bulldog francês e Afgan Hound esta situação pode surgir, especialmente se o tronco de um dos pais derivar de estirpe que contabiliza linhagem com mais de 3 ancestrais com a mesma cor tigrada.

Se o filhote adquirido com cor padrão, ao se tornar adulto e for reproduzido estranhamente gerar filhotes de cor negro / cor de fígado porque no genótipo desse animal tem o gene da cor indesejável, sabendo que trata-se de cor altamente indesejável, isso se converterá em grande prejuízo para o proprietário consciente desejoso de atuar como criador responsável que pretende reproduzir cães afinados com o padrão racial. É óbvio que exsitem pessoas comprometidas com o aprimoramento da raça e com a reputação do canil e esse tipo de criador removerá do seu plantel aquele exemplar defeituoso para não comprometer o afixo do canil. Apesar de ter se tornado uma vítima da “da má criação”, irá retomar o rumo da correta, ética e responsável criação da raça bulldog.

Procriar cães mestiços não é o mesmo que procriar cães puro sangue. Os descendentes desse tipo de cruza sempre terão fixado no genótipo o genes da outra raça (talhe, formato de orelhas, a cor negra) que pode não se manifestar em alguns filhotes naquele instante, mas sempre se manifestará nas futuras proles futuramente desvalorizando muito aquele tronco híbrido. A criação irresponsável, antes que selecionar animais de pura raça e atender os ditames contidos no padrão racial, prefere o caminho da aventura, sendo complascente e estimulando a procriação de animais defeituosos.

OBS: Se um filhote de bulldog de cor negra for animal puro sangue, obrigatóriamente terá que apresentar ambos os pais na cor negra, ou apenas um dos pais deve ter a cor negra, ou os avós devem vir de linhagem de bulldogs negros. Inexiste a possibilidade de filhotes negros nascerem de pais e avós com cor padrão, exceto que seleção refine pigmentação de tigrado muito muito escuro, como veremos a seguir.

Seleção equivocada ou proposital objetivando gerar bulldogs negros:

O gene da cor negra não deve fazer parte do pool genético da raça bulldog, assim como o gene do nariz duddley (nariz cor marrom ou fígado) que foi abolido porque na raça bulldog trata-se de um gene dominante. Se tivesse sido permitido quando o standard da raça bulldog foi elaborado em 1865, certamente, hoje, os bulldogs teriam apenas o nariz de cor marrom, como vemos na raça Dog de Bordeaux, que, pela mesma razão, teve o nariz pigmentado de negro extinto.

Bulldogs negros trata-se de uma falta que, mesmo não comprometendo a funcionalidade, e mesmo com o benefício de não causar desconforto ao filhote, é considerada uma falta séria do ponto de vista estético.

O bulldog com um manto negro sólido pode ser obtido via seleção constate, sempre separando para futura reprodução os filhotes nascidos marcados pela cor tigrada mais escura encontrada entre os filhotes das ninhadas.

Se a cada geração o proprietário for selecionando para reprodução os tigrados que forem mais fechados (os mais escuros), em poucas gerações naquele tronco serão manifestados os primeiros bulldogs negros.

O gene do tigrado está num cromossomo diferente que é o MC1R (o lócus de E). A presença do tigrado é dominante, para sua ausência é requerida somente uma cópia de Br, desde que os outros genes que interagem sejam do genótipo correto.

Os bulldogs duddleys também podem ser produzidos através de seleção, mas é incorreto criar cães da raça bulldog para que tenham um nariz marrom ou cor de fígado, mesmo que o criador tenha o poder, via seleção, de fixar o gene cor marrom do nariz do bulldog.

O criador tem o poder de produzir o bulldog visando o aprimoramento da raça para alcançar a excelência de qualidade ou, por outro lado, produzir cães medíocres e fora do padrão da raça, apenas para satisfação pessoal e por motivações particulares porque prefere criar na contra-mão do que seria a correta seleção da raça.

Os criadores sérios e éticos (diga-se éticos no trato e manejo da raça, éticos no relacionamento com os colegas, e éticos no relacionamento com o público) dedicam-se a promover a criação de bulldogs selecionando a cor e outros atributos a cada geração afinados com os ditames descritos no padrão da raça. Por esse compromisso devem ser descartados todos os bulldogs portadores de pelagem cor negra ou cor de fígado (e com outras cores apontadas como fora do padrão racial, como é o caso do cinza aço ou cinza rato); Assim como os bulldogs com olhos na cor azul, cor verde e na cor laranja (âmbar), e bulldogs portadores de nariz com áreas despigmentadas. É por isso que nas revistas e nos sites dos Bulldog Clubs verifica-se inexistência de imagens de bulldogs com tais defeitos, as revistas mostram a realidade da criação da raça feita por veteranos e responsáveis criadores. Os amadores não pertencem a esta classe e infelizmente optam por seleção perniciosa a raça quando decidem se interessar por procriar bulldogs cor negra para atender seus próprios anseios sem se dar conta que tal atitude causa prejuízo a raça e a terceiros. Em síntese, uma rápida pesquisa revela que nos grandes centros de reprodução de bulldogs inexiste bulldogs negros agraciados com títulos.

3) Onde existe cinofilia ética e séria o standard é valorizado e por isso é seguido em todos seus aspectos por todos que almejam compactuar o compromisso coletivo de beneficiar a raça, já que o standard é fruto de um trabalho em conjunto que envolve todos os criadores de bulldog ao redor do mundo operando em prol da raça bulldog. Por isso o standard é respeitado e principalmente é alavancado pelos criadores sérios e éticos, desde os mais famosos até os criadores mais humildes e iniciantes, o que não ocorre com alguns amadores que apenas desejam especular.

O Standard visa preservar as virtudes do fenótipo do bulldog original e mundialmente famoso, para que essas virtudes estéticas não se deteriorem quando esses cães forem procriados amadores desinformados ou por aventureiros especuladores que não têm compromisso com a raça porque criam apenas para atender seus interesses pecuniários e obter um lucro fácial aproveitando a falta de informação.

Deverá criador ético e responsável remover do planejamento de procriação os bulldogs defeituosos, de cor negro, olhos azuis, verdes ou cor de âmbar, e seguir criando priorizando a correta seleção da raça visando obter a cada geração um aprimoramento da raça, buscando geração de filhotes com a estética correspondendo ao descrito no padrão racial, e nunca deveria tentar “transformar um limão numa limonada”, jamais reaproveitando rebotalho apenas para não sofrer as ocasionais perdas financeiras presentes comumente em todas atividades, porque criar também implica aceitar as perdas que surgem algumas vezes com descarte de algum filhote nascido com defeito. Um filhote defeituoso nunca deve ser oferecido como “raridade da raça” porque isso é um engôdo, é um ato de má fé, é se aproveitar da falta de informação. O bulldog defeituoso é “raridade” exatamente porque os criadores sérios e responsáveis descartam animais nascidos com tais características o que faz com que esse tipo de defeito esteja em menor número na natureza.

O filhote defeituoso deveria ser doado. Aqueles que desejem pagar por esse tipo de cão devem compreender que o máximo de valor a ser pago por um filhote de bulldog cor negro seria 1/10 do valor de mercado e o novo dono deve ser obrigatoriamente informado sobre o defeito do produto que está adquirindo, corretamente esclarecido que trata-se de um filhote “out breed”, portador de falta séria e por isso um cão fora do padrão da raça que nunca deve ser reproduzido. Essa é a postura recomendada para minimizar o prejuízo de quem está adquirindo para que posteriormente o mesmo que comprou de boa fé não se sinta lesado.

O alerta encaminhado a todo admirador da raça bulldog não familiarizado com o complexo standard da raça bulldog, que poderia vir a se tornar a próxima vítima de espertalhões, se de boa fé adquirisse bulldog de cor negra, oferecido como “raridade” por esses especuladoes que apenas desejam obter um lucro fácil praticando criação danosa a raça. Muitos bulldogs que deveriam ser descartados da criação acabam sendo usados por alguns praticarem a “má criação da raça”, degenerando-a quando reproduz cães propositalmente fora do padrão.

Além disso criadores sérios e éticos selecionam cães balizados pelas características da raça descritas no padrão, assim se o standard do bulldog reza que a cor negra é altamente indesejável, ninguém de sã consciência iria fomentar criação de cães fora do padrão porque trata-se de cães altamente desvalorizados. Procriar cães fora do standard seria semelhante a entrar uma maratona com o objetivo de buscar o último lugar na colocação geral.

Assim, fique atento, se te oferecem bulldog cor negro ou cor de fígado; E se te oferecerem bulldogs de olhos na cor verde ou azul; Ou se tentam empurrar para cima de ti um bulldog portador de nariz despigmentado: o malhado (buterfly), cor de fígado, de cor rosa ou de cor de carne (duddley); Decline da oferta…Vão te dizer muitas argumentações que parecem enredo de novela mexicana, alguns falarão que trata-se de “raridade a preço de ocasião” e tem todo aquele blá-blá-blá e chorulemas onde o vendedor aético dirá que é uma vitima do destino que é ingrato, e que existe uma conspiração contra ele (teoria da conspiração), mas é tudo conversa fiada, não caia nesse conto do vigário, o bulldog negro trata-se apenas de um cão desvalorizado…Na verdade trata-se de bulldog extremamente desvalorizado, sem valor de mercado que sua propcriação resulta em mera perda de tempo, não entre nessa aventura, pois, esse tipo de cão não deve ser reproduzido, assim, lembre-se: Se “estão tentando te oferecer gato por lebre”… Conheça a raça bulldog antes de adquirí-la e busque sempre um filhote com um criador sério, ético e responsável.

deve-se ter em mente que trata-se de uma falta que, mesmo não comprometendo a funcionalidade, e mesmo com o benefício de não causar desconforto ao filhote, é considerada uma falta séria do ponto de vista estético.

Tendo dito isso, o que NÃO deve ser feito é criar cães ou cadelas que apresentem essas faltas, pois isso seria um grande desserviço para a raça uma vez que estaríamos fixando esses genes indesejáveis no pool genético da raça.

Via Bulldog Club do Brasil Autor BCB NEWS em 20/2/2013

Eduarda Volpatto – Criadora de conteúdo Bullblog e Bulldog Club


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