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Halitose (mau hálito)


É muito comum na rotina clínica a reclamação de que o cão está com hálito desagradável. Ao contrário da crença popular, problemas estomacais e pulmonares não têm influência sobre o odor da boca. A causa mais comum são as periodontopatias, ou seja, as doenças geradas pela presença de tártaro, placa bacteriana ou restos alimentares na cavidade bucal. Muitas vezes a presença de tártaro leva a infecções nas gengivas que chamamos gengivites, gerando assim um odor ainda mais desagradável. Eventualmente a gengivite se agrava e envolve a porção óssea da face (maxila e/ou mandíbula) gerando um quadro bastante sério. O tártaro também pode levar ao acúmulo de bactérias na gengiva e migração delas para o coração gerando um quadro chamado endocardite, que pode levar ao óbito.

Verificamos que os pacientes mais predispostos a esses problemas são os braquicefálicos (bulldogs, pugs) e raças pequenas (poodles, shih-tzu). Os sinais clínicos mais observados são halitose e arranhadura da boca com as patas. Muitos pacientes reduzem a ingesta alimentar por dor ou desconforto, principalmente os animais mais velhos.

O tratamento consiste na limpeza dos dentes (chamamos profilaxia dentária) sob anestesia. Nesse procedimento fazemos a remoção do tártaro via ultrassom e polimento dos dentes. Na maioria das vezes é necessário que o cão receba antibióticos antes e depois do procedimento a fim de evitar que as bactérias se espalhem pelo corpo via sanguínea.

A melhor forma de evitar que o cão desenvolva halitose e doenças bucais é a prevenção. Mas vale lembrar se o tártaro já está fixado, deve-se primeiro providenciar a profilaxia dentária para depois fazer a prevenção. Pode-se prevenir utilizando pastas dentais como a C.E.T ® (marca Virbac) uma vez a cada 7 dias, este produto faz uma ação bem ampla de proteção evitando que o tártaro se acumule. Outro produto chamado Aquadent ® (marca Virbac) que é misturado na água também ajuda na prevenção do tártaro e redução da halitose. É importante também atentar para alimentação do cão, alimentos muito moles tendem a se fixar mais nos dentes e promover a formação da placa dentária.


Dra. Viviane Dubal – CRMV/RS 8844

Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e proprietária da Clinica Veterinária Saúde Animal em Porto Alegre. Contato: vivianesd@bol.com.br

Foto: cleanchops.com

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