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Linfoma



imagem: sos mastiff rescue


O linfoma ou linfossarcoma é uma neoplasia que afeta, num primeiro momento, os linfonodos (órgãos de drenagem que se localizam, por exemplos, nas axilas e virilha e quando inchados formam as chamadas ínguas) e também pode atingir o fígado. Acomete cães mais velhos e raças que apresentam predisposição ao problema que incluem o boxer e o bulldog. A causa do surgimento do problema geralmente por predisposição genética ou exposição a agentes carcigênicos (estimulam a formação de tumores).

Os sinais clínicos são bastante inespecificos como falta de apetite, redução de peso, aumento da ingestão de água e aumento na produção de urina. Pode haver presença de vômitos e diarréia. Ao exame veterinário se verifica aumento de linfonodos, sinais de alterações hepáticas (animal pode ter icterícia que é a coloração amarelada da pele), sinais de alterações renais como lesões dentro da boca similares a aftas. Em cerca de 30% dos cães são verificadas alterações oculares como hemorragia interna do olho. É realizada coleta de sangue para exames, assim como radiografia e ecografia, tanto para diagnóstico da doença quanto para determinar sua extensão. O exame de biópsia do linfonodo é muito importante para fechar o diagnóstico, pode ser feito com agulha de aspiração ou com a retirada de uma porção do órgão. Esta última é a forma mais segura de determinação do linfoma pela ampla análise que pode ser realizada no laboratório.

O prognóstico da doença é reservado. Para aqueles cães diagnosticados de forma adequada e não tratados, o tempo de sobrevida é de 4-6 semanas. Para cães que recebem um tratamento com quimioterápicos adequados para o problema, se alcança até um ano de sobrevida com qualidade boa. O objetivo do tratamento é proporcionar um tempo de vida maior com qualidade, já que a cura do problema é raramente alcançada. Atualmente se tem conhecimento de protocolos bastante completos que conseguem aumentar a sobrevivência do paciente em até 2 anos. A quimioterapia envolve alguns custos que devem ser conversados com o veterinário oncologista e o tempo investido para o tratamento geralmente bastante longo. Deve-se ter ciência também que a eficácia do tratamento varia muito, tendo-se que julgar sobre custo-benifício do tratamento e dos resultados. Vê-se que a remissão do problema é maior nas fêmeas assim como o tempo de sobrevivência.

Então fica a dica para sempre observar alterações na saúde de seu bulldog, verificar se está com apetite, defecando adequadamente e principalmente, neste caso, se apresenta aumento de volume em algum local do corpo. Já que qualquer um desses sinais pode ser início de alguma patologia e maioria delas quanto mais cedo diagnosticada, mais fácil de ser tratada. Em casos de patologias sem tratamento definitivo, o conhecimento da sua presença propicia a possibilidade de fornecer ao animal uma qualidade de vida melhor.

Veja matéria sobre um caso clicando aqui (em inglês).


Dra. Viviane Dubal – CRMV/RS 8844

Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e proprietária da Clinica Veterinária Saúde Animal em Porto Alegre. Contato: vivianesd@bol.com.br

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